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Secovi quer Minha Casa na periferia

17-07-2011 18:55

Monitor Mercantil, 06/jul

A falta de espaço para construção de imóveis na capital paulista deve fazer com que o principal público a ser atendido pelo programa "Minha Casa, Minha Vida" em São Paulo passe a ocupar as chamadas regiões periféricas do estado, afirmaram representantes de construtoras e incorporadoras nesta terça-feira.

Em evento do Secovi-SP realizado nesta terça-feira, o diretor geral da Living, braço da Cyrela Brazil Realty voltado para baixa renda, Antônio Guedes, afirmou que a cidade de São Paulo não tem terrenos que viabilizem projetos do Minha Casa, Minha Vida. Segundo o executivo, além de passar a considerar o interior do estado, o setor tem como desafio ainda maior a criação de infra-estrutura necessária para que sejam desenvolvidas habitações em condições adequadas.

"A grande questão é usar o interior de São Paulo e criar infra-estrutura, caso contrário será muito difícil construir imóveis para essa classe", acrescentou, se referindo à população que ganha até R$ 1.600 por mês e que será contemplada com 60% das 2 milhões de moradias no país previstas na segunda fase do programa habitacional.

Na visão do diretor superintendente da Direcional Engenharia, Roberto Senna, a parceria entre os governos federal, estadual e municipal é determinante para que a criação de moradias para a população de baixa renda não tenha efeito contrário ao previsto, dando origem a um novo problema: a "favelização" das regiões. "Não adianta pensar em novas unidades habitacionais sem pensar nos desafios, principalmente infra-estrutura. Nem governo nem iniciativa privada sozinhos conseguem isso. O programa só pode ser levado adiante com atuação conjunta", disse ele.

O governo lançou oficialmente em meados do mês passado a segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, com recursos da ordem de R$ 125,7 bilhões. O preço médio das habitações nesta etapa passou a R$ 55,2 mil.

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